terça-feira, 8 de abril de 2008

Macaco também é cultura! (2)

(Alvarenga e Ranchinho)
Eram duas caveiras que se amavam
E à meia-noite se encontravam
Pelo cemitério os dois passeavam
E juras de amor então trocavam.
Sentados os dois em riba da lousa fria
A caveira apaixonada assim dizia
Que pelo caveiro de amor morria
E ele de amores por ela vivia.
Ao longe uma coruja cantava alegre
Por ver os dois caveiros assim felizes
E quando se beijavam em tom funebre
A coruja batendo asas pedia bis
Mas um dia chegou de pé junto
O cadáver novo de um defunto
E a caveira por ele se apaixonou
E o caveiro antigo abandonou.
O caveiro tomou uma bebedeira
E matou-se de um modo romanesco
Tudo por causa dessa ingrata caveira
Que trocou ele por um defunto fresco.

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